Projeto Integrado II Inovação CST Coaching e Desenvolvimento Humano

Projeto Integrado II Inovação CST Coaching e Desenvolvimento Humano  Para facilitar o seu aprendizado, você desempenhará o papel de um assessor de desenvolvimento profissional da empresa de pregos e parafusos Fixabem. A Fixabem está instalada em uma grande região metropolitana do estado do Mato Grosso e enfrenta dificuldades para encontrar bons profissionais para ocupar os cargos disponíveis. Falta mão de obra com habilidade para se comunicar, lidar com conflitos e exercer liderança, além de profissionais que dominem plenamente as competências técnicas necessárias para o desempenho das atividades operacionais e táticas da empresa.

O dono da Fixabem, Sr. Padovan, acredita que os colaboradores já devem ser contratados com a formação adequada oferecida pelo governo ou pela iniciativa privada e é totalmente contra investir em desenvolvimento e formação profissional para os seus funcionários. Sua principal função será convencer o Sr. Padovan de que ele e sua empresa podem se beneficiar ao priorizarem a educação dos seus colaboradores. Você será capaz de criar argumentos convincentes para iniciar um processo de desenvolvimento de pessoas na Fixabem? Será que a educação é realmente a solução para encontrar e manter bons profissionais?

Embora pareça uma visão contraditória e contraproducente, a ideia de que a educação dos trabalhadores não é uma responsabilidade do empresário é comum entre alguns gestores, independentemente do porte da empresa. Lidar com a necessidade de suprir a carência educacional dos colaboradores para melhorar a produtividade e a lucratividade da empresa é um desafio, especialmente quando há resistência por parte dos gestores. No entanto, a educação é uma alternativa estratégica para convencer, por meio de argumentos lógicos e concretos, um empresário a investir no desenvolvimento dos seus colaboradores.

Atividades

Passo 1
Um bom começo para iniciar o relatório é fazer uma introdução que demonstre ao empresário que a contratação de pessoas formadas no ensino formal não garante desempenho de qualidade e que o diploma não assegura que elas possuem todas as capacidades necessárias para desempenharem bem suas funções. O melhor caminho é pesquisar e levantar dados sobre a qualidade da educação no Brasil, relacionando essas informações com a produtividade no trabalho.

Reforce ao Sr. Padovan que nossa taxa de analfabetismo ainda é alta em comparação com os padrões recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), aproximadamente 13,2 milhões de brasileiros são analfabetos, representando 8,3% da população. Esse argumento pode ser útil para convencê-lo da necessidade de prover uma educação complementar para o pessoal operacional. Se essa taxa de analfabetismo é preocupante, a situação é ainda mais alarmante ao considerarmos que cerca de 27% da população alfabetizada não consegue interpretar um texto simples, o que aponta para deficiências graves também no ensino médio, onde 8% dos alunos são considerados analfabetos funcionais.

Esses dados mostram que é arriscado para uma empresa confiar apenas na formação educacional formal dos candidatos para garantir que eles têm as competências necessárias para o trabalho.

Quais outros argumentos você pode utilizar para convencer o Sr. Padovan?

Passo 2
De acordo com Chiavenato (2009), o desenvolvimento profissional é um processo educacional voltado a ampliar, desenvolver e aperfeiçoar o trabalhador para o seu crescimento na carreira dentro da empresa e para melhorar o desempenho em suas funções, visando à eficiência e produtividade nas atividades do cargo. Esse desenvolvimento ocorre a longo prazo, preparando o colaborador para funções mais complexas e responsabilidades maiores. Além disso, o desenvolvimento profissional ajuda o trabalhador a compreender plenamente as atividades do trabalho, bem como as competências que elevam sua oportunidade de evolução na carreira e ocupação de cargos com maior responsabilidade.

O trabalhador que valoriza o próprio desenvolvimento profissional buscará formação contínua e oportunidades de aprimoramento na sua área de atuação. Para ser eficaz, um plano de desenvolvimento profissional deve levar em conta as particularidades e tendências do setor para evitar que o colaborador se especialize em uma área ou função que possa se tornar obsoleta, como aconteceu no caso das máquinas de escrever.

Reflexão para o Estudante
Considerando isso, você deverá começar a estruturar um programa de desenvolvimento profissional pessoal, refletindo sobre os aspectos que precisam ser contemplados na sua carreira. Como primeiro passo, descreva e explique quais são as competências essenciais necessárias na sua área de atuação e detalhe como elas podem ser identificadas e desenvolvidas ao longo da sua jornada.

Referências

• CHIAVENATO, Idalberto. Desempenho humano nas empresas: como desenhar o trabalho e conduzir o desempenho. 8ª ed. Barueri, SP: Atlas, 2022.
• MALHEIROS, Bruno Taranto; ROCHA, Ana Raquel Coelho. Avaliação e gestão de desempenho. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
• TAVEIRA, Paulo; SOARES, Juliane Camargo. Viva sem desculpas: inteligência emocional e agilidade trabalhando a seu favor. São Paulo: Expressa, 2021.

Projeto Integrado II Inovação CST Coaching e Desenvolvimento Humano

Estratégia para Convencer o Sr. Padovan sobre o Investimento em Educação

Para superar a resistência do Sr. Padovan em investir no desenvolvimento profissional dos colaboradores da Fixabem, é necessário adotar uma abordagem estruturada, fundamentada em dados e exemplos concretos. A seguir, alguns passos e estratégias que podem ajudar nesse processo:

1. Demonstrar o Impacto Positivo na Produtividade e Lucratividade
   Estudos mostram que colaboradores bem treinados e com acesso a desenvolvimento contínuo apresentam maior eficiência no desempenho de suas funções. Pesquisas de instituições como o Sebrae e o IBGE destacam que empresas com programas de qualificação apresentam índices superiores de produtividade e menor rotatividade de funcionários. Explicar ao Sr. Padovan que a baixa rotatividade reduz custos com recrutamento e treinamento inicial pode fortalecer o argumento a favor da educação interna.
2. Mostrar Casos de Sucesso de Empresas Similares
   Apresente exemplos de empresas do mesmo setor que implementaram programas de treinamento e desenvolvimento profissional e obtiveram resultados positivos. Empresas que atuam com produtos similares aos da Fixabem, como pregos, parafusos e itens de fixação, frequentemente relatam uma melhora na satisfação do cliente e na eficiência operacional após introduzirem programas de capacitação.
3. Argumentar sobre a Valorização da Marca no Mercado
   Ao investir em educação, a Fixabem pode fortalecer sua reputação como uma empresa que valoriza o capital humano. Isso não só atrai candidatos mais qualificados como também aumenta a fidelidade dos colaboradores, que veem a empresa como um ambiente que apoia seu crescimento. Empresas com essa visão têm um diferencial no mercado e são mais atraentes para consumidores e parceiros.
4. Elaborar um Plano de Desenvolvimento com Custo-benefício
   Sugira um programa de desenvolvimento profissional gradual, que não exija grandes investimentos iniciais. Por exemplo, podem ser realizados treinamentos internos com foco em comunicação, liderança e resolução de conflitos, que são necessidades específicas da Fixabem. Esse tipo de plano permite ao Sr. Padovan ver resultados positivos sem comprometer significativamente o orçamento da empresa.
5. Explicar a Flexibilidade da Educação Profissionalizante e o Retorno em Longo Prazo
   Reforce que, diferentemente da formação acadêmica tradicional, a educação profissionalizante e os treinamentos específicos são de curto prazo, focados diretamente nas necessidades da empresa e nos resultados práticos. Além disso, o retorno sobre esse investimento é rápido e visível, o que pode ajudar a convencer o Sr. Padovan a considerar o desenvolvimento como uma ferramenta estratégica.